Comunismo: 200 cristãos são presos na China por causa de igreja ‘clandestina’
- 09/02/2024
O comunismo chinês continua avançando contra quem não aceita que o Estado determine questões de fé sobre suas vidas. Dessa vez, durante uma operação realizada no último 27 de janeiro, cerca de 150 policiais prenderam 200 que estavam reunidos em um culto.
O culto estava sendo realizado em Xiaotuan, um vilarejo na cidade de Mudanjiang, na província de Heilongjiang, segundo informações da organização de vigilância religiosa Bitter Wintter.
A operação, como outras já realizadas pelo país, se baseia na alegação de que os cristãos pertencem a uma igreja “clandestina”, o que significa que trata-se de uma comunidade não reconhecida pelo governo.
Na china, toda igreja que não se submete às diretrizes do governo – que incluem questões doutrinárias e ideológicas – é considerada ilegal. É com essa alegação que o comunismo chinês persegue e pune cristãos fiéis às Escrituras.
O governo utiliza para isso a Igreja das Três Autonomias, controlada pelo regime. Essa denominação aponta quais seriam as igrejas que não estariam seguindo a sã doutrina, o que termina servindo como pretexto para a perseguição.
Essa relação entre Igreja-Estado faz parte do processo conhecido como “sinicização” chinesa, que basicamente significa a adequação dos costumes, tradições e cultura em geral à ideologia do comunismo chinês.
No caso dos 200 cristãos presos em janeiro, eles fazem parte de uma igreja que, conforme ensina a Bíblia, defendem a doutrina da justificação pela fé, o que contraria a doutrina da Igreja das Três Autonomias, que defende a justificação pelo “amor”.
“A meta do Partido Comunista Chinês é ter a certeza de que igrejas não façam nada inapropriado do ponto de vista oficial. No caso das igrejas oficiais, isso significa que são encorajadas a louvar e permanecer fiéis ao Partido Comunista e sua ideologia”, explica a organização Portas Abertas.
“Igrejas que alegam que Cristo é rei são vistas com suspeita, principalmente porque o cristianismo é visto como uma influência ocidental”, ressalta a entidade. Veja também:
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